A igreja não pode se corromper
A
tendência de quem muda de um país para outro é a transculturação, ou seja, você
que está agora vivendo no país dos outros não vai querer que as pessoas deste
país sejam ou vivam como você estava acostumado ser ou viver em seu próprio
país, está é a ordem natural das coisas. Se você vai para o meio deles deverá
ser como eles são ou pelo menos procurar parecer com eles em sua maneira de
viver, e se isto não acontecer, você sempre será visto como alguém estranho,
com costumes estranhos e muitas vezes será ridicularizado por aqueles ao seu
redor.
Me
lembro, do ano de 1995, quando eu e minha família fomos enviados como
missionários para a Ucrânia, Leste Europeu, país de costumes totalmente
diferentes do Brasil, que é a minha terra natal. O clima é totalmente
diferente, a alimentação é diferente e encontramos uma outra família de
missionários que também haviam sido enviados para lá naquele mesmo ano. A
esposa daquele missionário tinha os cabelos grandes e muito bem cuidados e
tinha o costume de usá-lo solto, o que no Brasil e em outras partes do mundo é
uma coisa natural; ela começou a perceber que as irmãs da igreja onde estava se
reunindo procuravam ficar afastadas dela e ela também começou a observar que as
irmãs nunca soltavam os cabelos. Um dia ela preocupada com o comportamento das
irmãs, perguntou a uma delas, porque elas pareciam evitá-la, e a irmã respondeu
que a mulher que sai com o cabelo solto para a rua é vista como uma prostituta.
O que era obvio, foi um choque cultural. O passo seguinte da missionária, seria
prender o cabelo para se enquadrar dentro da cultura do povo que ela agora
adotara como seu. O que na verdade não foi feito, ela não mudou o seu jeito de
ser e continuou sendo vista por aquelas irmãs com uma certa diferença.
É
exatamente isto que esta acontecendo com a igreja de Deus. Uma nação diferente
vivendo em um país diferente. Na carta de Pedro lemos – “Vós, porém, sois
raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de
Deus... exorto-vos, como peregrinos e forasteiros que sois, a vos absterdes das
paixões carnais... mantendo o vosso procedimento no meio dos gentios...” –
Pedro 2.9,11-12. A nação em que nós estamos vivendo é dos gentios, um povo
adorador de deuses e adeptos do paganismo. Em 1 João 5.19 está escrito – “Que
o mundo jaz no maligno...”, no capítulo 2 do livro de Daniel, vemos que o
governo desta terra onde ainda está vivendo a igreja é dos gentios e não da
igreja. E isto não é questão de a igreja ter ou não ter força para conquistar o
controle mundial, é questão de um decreto divino visto pelo rei Nabucodonozor e
interpretado pelo profeta Daniel, que tem início e fim. Ensinar que a igreja em
algum momento de sua história na terra vai assumir o controle mundial,
principalmente nos tempos finais, é negar a veracidade das Escrituras Sagradas
quando esta diz, em João 18.36 – “O meu Reino não é deste mundo...”.
Essas palavras são do nosso Rei, o Senhor Jesus, e se tomamos parte deste reino
é obvio que não somos daqui.
Apesar
de não sermos daqui, ainda estamos aqui e precisamos manter o nosso
procedimento dentre os gentios. Não se corromper. Como a nossa irmã missionária
não se aculturou, prendendo os cabelos para se igualar às nativas e continuou
sendo vista de forma estranha, nós também temos que manter nossa diferença
cultural neste país estrangeiro, que é o mundo em que vivemos. (É claro que em
missão transcultural, não deve ser este o comportamento missionário, devemos
sim nos assemelharmos ao país em que estamos trabalhando, inclusive em seus
costumes desde que estes não firam as doutrinas bíblicas).
O que
está acontecendo em nossos dias é que estamos nos adaptando tão bem, nos
aculturando tão bem, que quase já não há mais diferença entre igreja e gentios,
até a linguagem é a mesma, estamos aprendendo muito bem a língua do país onde
estamos vivendo, seus costumes, sua maneira de ser, as regras que estão sendo
ditadas pelo príncipe deste reino está sendo repassada à igreja por aqueles que
são dominados pelo espírito de Jezabel – mulher que se auto-denomina
profetiza, porta-voz de Deus, mas que
tem impregnada na sua cabeça, a sensualidade.
Desculpe-me
ter que dizer isto, mas até nas letras de muitos de nossos hinos que a
princípio são compostos com o intuito de adorar a Deus, vemos presente o
sensualismo. Quantas vezes ouvimos um hino que mais parece ser uma declaração
de prazer ao sexo oposto, do que uma adoração ao Senhor. Muitas vezes só vamos
dar conta de que é um “hino” quando ouvimos o nome de Jesus, e assim mesmo
quase que nas entrelinhas. Quantos “shows evangélicos” que levam os nossos
jovens ao delírio ao invés da adoração ao Senhor. E o pior,são incentivados por
seus líderes. Temos que tomar muito cuidado pois é aí que começamos a dominar o
idioma deste país e absorver a sua cultura.....
....Acabe,
como líder, jamais deveria ter permitido que sua mulher agisse como agiu no
meio do povo de Deus, levando o povo ao pecado, com a sua aquiescência. É claro
que Acabe só o fez porque estava tomado pela paixão, espírito sensualista, que
parece ter rondado o coração de muitos reis no passado e em todas as épocas,
que quando viu a beleza de Jezabel, logo a desejou, como Sansão desejou a
mulher de Timna, a ponto de fechar os olhos para as leis de Deus para possuí-la
como mulher. De fato, ela deveria saber usar a sua beleza física e a sua
sensualidade para conquistar o que queria. Podemos vê-la fazendo isto quando
queria seduzir Jeú – 2 Reis 9.30 – “Tendo Jeú chegado a Jezreel, Jezabel o
soube; então se pintou em volta dos olhos, enfeitou a cabeça e olhou pela
janela”. Observe o propósito com o qual ela fez isto; sedução.
De quem
nós estamos querendo chamar a atenção quando estamos na frente do espellho, no
salão de beleza, nas academias de musculação, nos centros cirúrgicos de
embelezamento corporal, não estou dizendo que isto é pecado, nem condeno quem
procura tais recursos tecnológicos. Só estou perguntando, à quem nós estamos querendo
chamar a atenção? Será que estamos preocupados é com a glória de Deus e em
glorificarmos o seu nome em nosso corpo, e tudo o que fazemos é para louvor do
seu nome? Ou será que o espírito de Jezabel está presente? O espírito de
sedução? Quando ela percebeu que o homem de Deus Jeú, estava chegando para
purificar o povo de Deus e eliminar do meio deles o paganismo, a adoração a
outros deuses, ela usou a sua beleza e o seu poder de sedução para desviar a
atenção do homem de Deus e continuar destruindo o povo de Deus.....
Cuidado
com a sensualidade....
Pr Telcio Luis.
Trecho
do Livro “As quatro Mulheres do Apocalípse” do Pr Telcio Luis.
Editado
Pela Editora Restaurando Vidas.
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quiser adquirir um exemplar entre em contato conosco
Tel: 781
820 9779 ou pelo email: telcioluis@hotmail.com
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